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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Do brinquedo ao desenho - Os criadores dos Dinobots


Hoje vamos conhecer os diversos profissionais que trabalharam para que a franquia Transformers se tornasse realidade:



KOUZIN OHNO

Ohno começou a trabalhar na Takara em 1980 na função de designer de toys, criando vários modelos das linhas Microman e Diaclone, que foram escolhidos pela Hasbro para se tornar Transformers nos Estados Unidos. 
Além dos Dinobots, ele criou os brinquedos que no ocidente seriam conhecidos como: Sunstreaker, Hound, Bluestreak, Prowl, Skids, Ironhide, Jazz, Inferno, Mirage, Sideswipe, Trailbreaker, Starscream/Thundercracker/Skywarp, Camshaft, Overdrive, Downshift, Devastator, Blitzwing, Astrotrain, Octane, Metroplex, Galvatron e Fortress Maximus.



Registro das patentes dos Dinobots, tendo Kouzin Ohno creditado como inventor (clique para ampliar)

O mais interessante é que, na época, os brinquedos eram projetados em madeira ou colando pedaços de plástico estireno. Na imagem abaixo, retirada da revista japonesa Figure King, podemos ver um protótipo do iria se tornar o Grimlock e uma foto da oficina com as ferramentas que eram utilizadas.




Esboços iniciais de Kouzin para o Grimlock, inicialmente a ideia era de que a cabeça do T-rex se fechava dentro no peito na transformação.

 Encontro de gerações: em 2014, durante entrevista ao site Gigazine na sede da Takara/Tomy, Kouzin posa com sua sua criação junto com a versão cinematográfica do personagem.



BOB BUDIANSKY

Em 1983, a Hasbro encomendou à Marvel Comics uma revista em quadrinhos para divulgar sua nova linha de brinquedos. Os editores Jim Shooter e Denny O'Neil criaram a premissa da série e alguns nomes de personagens, mas estes foram quase todos rejeitados pelo cliente. Então delegaram a Bob, na época um editor assistente recém-promovido, a tarefa de batizar os robôs. Com um prazo apertado e somente imagens de brinquedos como referência, Budiansky criou os nomes e personalidades de praticamente todos os Transformers da G1, exceto os que foram criados para o filme animado de 1986. 

Sobre a criação do nome do líder dos Dinobots, por exemplo, Bob declarou:
"Grimlock era um tiranossauro rex, e a ideia de tê-lo mordendo alguém funcionava bem na minha imaginação. 'Grim' (cruel) conferia muita seriedade, então 'Grimlock' (tranca cruel) soou bem para mim."

E o que seria apenas uma minissérie de 4 revistas se tornou um sucesso, totalizando 55 edições, sendo Bob Budiansky editor nas 4 primeiras, escritor em todas as restantes e também ilustrando algumas capas.

 Edição número 8, contando a origem dos Dinobots. Roteiro de Bob Budiansk e desenhos de William Johnson

SHOHEI KOHARA

Foi o ilustrador da Takara que fez as primeiras adaptações dos brinquedos para personagens desenhados, que serviram de base para os primeiros comerciais animados e as histórias em quadrinhos. Infelizmente não encontrei fotos nem biografia do artista, mas há no IMDB uma lista de produções que Kohara trabalhou como designer e animador.




FLORO DERY 

Posteriormente ao trabalho de Shohei Kohara, coube ao artista filipino a tarefa de simplificar o design dos personagens, para a produção da série animada, realizada em parceria das produtoras Sunbow Productions e Marvel Productions; e os estúdios Toei (Japão) e AKOM (Coreia do Sul). Parte do trabalho consistia em tirar do visual dos robôs as rodas e fazer as cabeças maiores.






DONALD F. GLUT

Além dos desenhos, toda animação precisa de um roteiro. E a equipe de escritores da série Transformers contava com o talento  de Donald, que era a escolha ideal para criar os episódios dos Dinobots, já que ele é um grande entusiasta de dinossauros, tendo escrito vários livros sobre o tema. Ele foi o responsável por escrever as histórias essenciais dos dinossauros robôs de Cybertron: S.O.S Dinobots, A Guerra dos Dinobots, A Ilha dos Dinobots (parte 1 e 2) e O Chamado dos Primitvos.

Com uma extensa carreira, Donald F. Glut escreveu mais de 65 livros e roteiros para vários programas de tv, como  X-Men; Robocop; B.A.D.; Duck Tales; Jonny QuestSpider-Man; Spider-Man & His Amazing Friends; Transformers; G.I.Joe;  Dink the Little Dinosaur;  Dino-Riders; Challenge of the Gobots; Battle of the Rocklords; Mighty Orbots; Super Powers Team: Galactic GuardiansCenturians; Monchichis; The Young Sentinels; Tarzan, Lord of the Jungle; The New Shmoo; Space StarsAstro & the Space Mutts; The FrankenstonesHeathcliff/Riff Raff; Foofur; Sky Commanders; Get Along GangPopeye; Godzilla; The Incredible Hulk; New Superfriends; Scooby Doo; além de dirigir vários filmes de terror e documentários sobre dinossauros.

Você pode conhecer todos os seus trabalhos em seu site oficial.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Quadrinhos - Marvel Comics

A segunda origem dos Dinobots

Texto: Barão 

Já vimos como foi a origem dos Dinobots no desenho animado, mas o que poucas pessoas sabem é que eles tiveram uma outra origem nos quadrinhos. Depois que o desenho e os brinquedos conquistaram o sucesso de público, a Marvel Comics adquiriu os direitos sobre a comercialização de quadrinhos da marca. Entretanto, o público da Marvel (adolescentes e adultos) era diferente do público do desenho (basicamente crianças). Por este motivo, a diretoria da empresa achou interessante mudar as histórias dos robôs, dando uma conotação mais adulta e complexa. Durante a 4a edição, os Autobots estavam com problemas, pois estavam quase sem energia enquanto os Decepticons haviam conseguido na edição anterior. Mas, Rabugento (Huffer) lembrou Supremus (líder Optimus) de que Trinco (Ratchet) estava tentando avisá-lo de que havia recuperado algo nos bancos de dados da Arca (e que ele havia sumariamente ignorado na 3a edição).



Há quatro milhões de anos, quando a Arca caiu na Terra, o sistema de defesa detectou outra nave Cybertroniana pousando na Antártida e enviou um Drone sonda, descobrindo ser o Onda de Choque (Shockwave). Após fazer uma análise da situação, a Arca ativou cinco Autobots, alterando suas formas para se parecerem com os seres vivos da época, criando os Robodinos (Dinobots) e os enviou para combater o Decepticon. Só que Onda de Choque havia percebido a sonda e a destruiu, cancelando a transmissão.


Por um motivo de nacionalização, os executivos da Rio Gráfica(primeira editora brasileira que publicou os quadrinhos de Transformers no Brasil) acharam que os nomes americanos eram muito complicados e resolveram traduzí-los. Por este motivo, os nomes dos Dinobots permaneceram por muito tempo assim:

* Grimlock = Grunhido

* Sluge = Chafurda
* Slag = Chapado

* Snarl = Rugidor

* Swoop = Pairador
 
Mas os Dinobots só apareceram de verdade mais tarde, na edição 8. Nesta edição, Trinco (Ratchet) estava desesperado, tentando encontrar uma forma de ajudar os Autobots, que haviam sido derrotados na edição anterior. Então ele parte para a Antártida para localizar os Autobots enviados pela Arca durante a pré-história.



No início da história, ele no consegue entender os padrões daquele lugar, um ponto no centro do continente congelado, mas com um clima tropical (na verdade, ele se encontra na Terra Selvagem, um lugar místico do Universo Marvel em que o tempo parou). Depois de procurar muito, ele consegue localizar um dos Dinobots perdidos, Chapado (Slag) e inicia uma recuperação de sua memória para saber o que aconteceu no passado, descobrindo como foi a luta contra Onda de Choque. Recuperando todos os Dinos, partem para enfrentar Megatron e libertar os Autobots.

Marvel: a criação de uma mitologia

Então, ao contrário do desenho animado, os Dinobots não foram criados na Terra, mas já eram tripulantes da Arca que havia aterrissado no planeta. Além disso, os Dinobots não são tão burros quanto sua versão animada. O que ocorre é que, ao ganharem suas novas formas, a Arca também alterou o comportamento deles, simulando o comportamento dos seres da época, criando um conflito de processamento.
Na verdade, eles são a elite armada dos Autobots (talvez os únicos), liderados por Grimlock, que possui uma alta posição no exército. Durante os quadrinhos da Marvel, fica-se sabendo que ele era considerado o segundo em comando em Cybertron, logo abaixo de Optimus. Nada disso é muito explícito, pois a origem deles nunca foi revelada, mas existem vários diálogos que contam um pouco sobre eles. Uma outra diferença interessante é na forma como o Grimlock fala. No desenho, ele fala em terceira pessoa (Mim Grimlock diz...), mas nos quadrinhos ele segue uma postura mais autoritária (Grimlock falou), como "o mestre manda".
Nos quadrinhos da Marvel, os Dinobots acabam se rebelando contra os Autobots, pois Grimlock não concorda com a forma como Optimus os lideram e partem para o exílio, não aparecendo mais. Neste momento, Simon Furman trabalhava como roteirista na sede britânica da Marvel e resolveu criar várias histórias, se aproveitando dessa fase em que os Dinobots não apareciam nas histórias americanas. Já nos gibis americanos, Optimus havia sido destruído por Megatron (edição 24, durante uma partida de videogame) e os Dinobots voltaram a aparecer na edição 27, mas dessa vez reivindicando a liderança dos Autobots. Mas os Autobots não os aceitam como líder, pois ele não tem compaixão pelos humanos. Decidido a tomar a liderança pela força, Grimlock reúne os Dinobots e partem para a Arca. Neste meio tempo, Trypticon é enviado por Ratbat (que no gibi não se trata de um simples drone controlado por Soundwave) e ataca a Arca.


Os Dinobots ficam assistindo tudo de longe, se divertindo com a batalha. Porém, Grimlock não se sente bem com isso, pois não desejava que todos os Autobots fossem destruídos e se afasta, encontrando a humana Rachel Becker. Ele fica impressionado com a garota, pois ela fica próxima dele em vez de sair correndo. Isso o deixa confuso, pois acreditava que todos os humanos fossem covardes. Só que Grimlock tinha outras preocupações e retorna para perto dos outros Dinobots.
Nisso, Wipe-Out captura a humana e a leva até Trypticon, que fica curioso em saber como é destruir um ser orgânico. Vendo a garota em apuros, Grimlock parte para cima de Trypticon, seguido pelos Dinobots. Como Trypticon (apelidado carinhosamente de Tripsy por Grimlock) gastou energia em excesso, Ratbat ordena que retorne para Cybertron, fugindo da batalha. Mais tarde, como se arriscou para salvar a humana, os Autobots decidem que Grimlock merece a liderança. Deste ponto em diante, Grimlock passa a se tornar um tirano, chegando até a ter uma coroa.
 

Seu reinado não dura muito pois, além da revolta dos Autobots (edição 41), Optimus retorna, como o Powermaster Optimus. Muitas histórias seguiram após isso, com a obsessão de Grimlock com liderança ou com sua busca para tentar reviver os Dinobots (sim, eles foram destruídos).
A fase G1 termina com Grimlock lutando contra Bludgeon, que havia matado os recém revividos Dinobots e muitos outros Autobots. Mas a luta é interrompida pela chegada de Optimus junto com o "Último Autobot", que trouxe de volta a vida todos os robôs e retornam para Cybertron.
A forma como Grimlock vê Optimus (como um líder incapaz) só muda durante a fase G2. Os Autobots e os Dinobots estavam em uma missão para deter Jhiaxus, mas são capturados por ele. Grimlock consegue libertar os Autobots e enfrenta Jhiaxus para dar tempo deles fugirem e é capturado novamente, mas, com a ajuda de Optimus, consegue se libertar e derrotar Jhiaxus.
Sozinhos, os dois têm uma longa conversa, em que Optimus consegue fazer Grimlock entender os motivos da forma como liderava os Autobots, que tudo era parte de um processo. A partir deste momento, Gimlock passa a respeitar Optimus.